domingo, 27 de setembro de 2015

Síndrome das pernas inquietas

Síndrome das pernas inquietas(SPI), ou síndrome de Ekbom, é um distúrbio que se caracteriza por alterações da sensibilidade e agitação motora involuntária dos membros inferiores, mas que pode acometer também os braços nos casos mais graves. Em geral, os sintomas são mais intensos à noite e o paciente dorme mal ou quase não dorme. Como consequência, passa o dia sonolento, cansado, indisposto e irritado.
 Os pacientes referem sensações disestésicas, descritas como agulhadas, formigamento, arrepios, pontadas, que melhoram com uma atividade motora intensa, com movimentos vigorosos das pernas em flexão, extensão ou cruzamento.
Os sintomas pioram com a idade. É uma doença da meia idade, podendo surgir entre 27,2 e 41 anos.
Existe uma relação familial em 1/3 dos casos, sendo a herança provavelmente autossômica dominante, de penetrância variável. A SPI pode estar relacionada a outras condições, como anemia ferropriva e polineuropatia
É maior no sexo feminino (17%) em relação ao masculino (13%) e maior na população idosa.
Para se definir melhor o que é SPI, visando uma melhor compreensão clínica e um desenvolvimento maior de pesquisas, o Grupo Internacional de Estudos da SPI, propôs critérios mínimos de diagnóstico para SPI. São 4 os critérios mínimos para o diagnóstico da SPI:
1.   desejo de movimentar os membros, geralmente associado a parestesia ou disestesia, sensações que ocorrem espontaneamente, durante o despertar, na "profundidade das extremidades" e não superficialmente na pele.
2.   inquietude motora _ os pacientes durante a vigília se mexem para aliviar os sintomas de parestesia ou disestesia ou de desconforto nas pernas.
3.   sintomas pioram ou estão presentes só no repouso.
4.   sintomas pioram no fim do dia ou à noite.
Nos casos mais leves, recomenda-se o uso de benzodiazepínicos. Nos mais graves, pode-se recorrer a medicamentos, como o pramipexole e o ropinele, que estimulam os receptores de dopamina no cérebro sem aumentar seu nível no sangue periférico.

Esta síndrome na infância é mais rara, mas pode existir casos tanto em crianças como adolescentes. Em adolescentes, SPI secundária ao estoque baixo de ferro está associada com insônia inicial grave e movimentos periódicos de membros.
Em crianças, os sintomas de SPI e movimentos periódicos de membros são inespecíficos tais como dores de crescimento, sono não repousante, insônia e sonolência diurna, mas freqüentemente não são percebidos pelos pais. Também sugere-se correlação entre SPI e hiperatividade com déficit de atenção. Sabe-se também da íntima relação entre anemia (baixos níveis de ferro e ferritina séricos) e SPI e a melhora clínica com a ferroterapia.

Autora: Luanna Da Silva Fonseca
Pesquisa: Larissa Ellen Pereira dos Santos
Revisão: Maria Carolina Medeiros Trajano


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