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J Como postagem de “abertura”
resolvemos abordar um tema aparentemente simples, mas que envolve muita luta na
desconstrução e construção de conceitos.
É comum ouvirmos pessoas com algum tipo de deficiência serem chamadas de “excepcionais”,
“especiais”, “portadores de deficiência”, ou até com palavras agressivas,
usadas como termos pejorativos, a exemplo de: “aleijado”, “doente”, “deformado”,
“coxo”, etc. Todos os termos citados acima são inapropriados, o mais aceitado
atualmente é “pessoas com deficiência”.
“Assim, essas formas de tratamento contribuem para a presença de mais
barreiras sociais, uma vez que apontam fragilidades ou tentam torna-las pessoas
diferentes da maioria. (...) elas são apenas pessoas com deficiências na execução
de algumas funções e atividades específicas das suas vidas.” ¹
Para as pessoas que se encaixam
no padrão dito “normal” pode parecer apenas uma questão de nomenclatura boba,
mas aqueles que sofrem na pele todos os dias o preconceito que escondem as
palavras usadas para designar as pessoas com deficiência sabem o quão
importante é a busca por um conceito que abranja e respeite a condição de cada
indivíduo. Por fim, concluímos com esta reflexão:
“O uso adequado não se trata de modismo ou preciosismo linguístico, mas
da compreensão de que as palavras estão grávidas de significados existenciais.”
(BOFF, 1999) ²
¹ Texto retirado do livro Direito dos Usuários aos Serviços de Saúde,
cap. 12, 3º parágrafo.
² Citação retirada do livro
Direito dos Usuários aos Serviços de Saúde, cap. 12, 1º parágrafo.
Autora: Maria Carolina Medeiros
Trajano.
Coautora: Larissa Ellen Pereira
dos Santos.
Revisão: Luanna da Silva Fonseca.
Data: 18 de agosto de 2015
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